segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Casamento no Porto

O Pedro Vasconcelos de Brito e Cunha (núm. 3431244 na árvore de família no nosso site) casou este sábado dia 27 de Setembro de 2008, na Igreja de São Francisco no Porto, com a Marta Pinto Leite Figueiredo.

Diz quem assistiu ao casamento que o discurso do padrinho foi invulgarmente bonito, "de fazer cortar a respiração" à assembleia.

Muitas felicidades ao Pedro e à Marta, e espero que tirem bom partido da lua de mel na Tailândia. E se forem verdadeiros os boatos de que os passaportes estariam a caducar, então correm o risco de tirar "longo" partido em Banguecoque... :)

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Livro em destaque


Este Verão, ao pôr a minha leitura em dia, consegui finalmente pegar no livro "Amigos da Dinamarca" da autoria do nosso primo Pedro O'Neill Teixeira. O livro superou todas as minhas expectativas: para além de interessante e de muito bem escrito, é a fonte mais extensa que conheço de informações biográficas e sociológicas sobre as duas primeiras gerações do apelido Brito e Cunha.

O livro debruça-se sobre as fortes ligações da família O'Neill com a Dinamarca, principalmente durante a época da guerra civil entre liberais e miguelistas. Ora, como se devem lembrar, um dos filhos e uma das filhas do primeiro Brito e Cunha (António Bernardo BC, que foi executado pelos miguelistas) casaram com membros da família O'Neill. Assim se explica que este livro esteja literalmente salpicado com referências aos nossos antepassados Brito e Cunha, já para não falar nos O'Neill, que em alguns casos são também nossos antepassados, e noutros são apenas primos.
Com base em cartas e outros documentos do arquivo da família O'Neill, a que teve acesso, o autor faz constantes referências a António Bernardo BC e sua mulher Teresa Benedita da Silva Pedrosa BC, e a seus filhos João Eduardo BC e mulher Joana Carolina de Roure O'Neill, António Bernardo BC, Ermelinda Júlia BC (Sandeman), Joana Carolina BC (O'Neill) e marido Joaquim O'Neill. Especial destaque para o índice onomástico, que está muito bem feito e que facilita grandemente a consulta destas referências.

Para quem estiver interessado, a referência completa do livro vem sob "Teixeira", no índice bibliográfico do nosso site que pode consultar clicando no seguinte atalho: http://www.britoecunha.com/bibliografia-geral.html

O autor também tem um site onde poderá encontrar mais informações sobre o livro, incluindo as instruções para a sua aquisição através da internet. O atalho para o site do autor é o seguinte: http://www.pedrooneillteixeira.com/

Bem haja,

Gonçalo

domingo, 21 de setembro de 2008

Actualizações do site www.britoecunha.com

Ao longo destes últimos meses, muito material foi-me sendo enviado, desde fotos de família a referências bibliográficas, passando por artigos de imprensa e notícias dos BC. Desde já agradeço todos os que me têm ajudado a coligir informação, e será só uma questão de tempo até eu conseguir colocar tudo no site.

Para facilitar a vida a todos aqueles que visitam o site periodicamente à procura de novidades, criei uma nova secção intitulada "Últimas actualizações do site" onde descrevo por ordem cronológica todas as alterações que lá vou fazendo. Espero que esta nova secção vos seja útil.

Bem haja,

Gonçalo

sábado, 20 de setembro de 2008

Rentrée

Chegou ao fim mais um Verão em Portugal, e com ele o meu aparente afastamento deste blog e do site dos BCs. Regressados a casa, crianças na escola, a rotina volta a instalar-se. Está na altura de aqui retomar os meus posts (e espero que os vossos), e de actualizar o nosso site.

Durante estes últimos meses, houve novidades na família que escaparam à habitual divulgação no blog, pelo que vos deixo aqui um pequeno resumo:

- Parabéns ao Francisco Maria do Carmo, do ramo do Porto, filho de Luís Maria BC de Lucena e Vale e de Maria João, que nasceu a 12/Abril/2008. O Francisco passa a ter o código 34311313 na nossa árvore de família. E obrigado ao pai por me mandar esta boa notícia.

- Parabéns aos gémeos Eduardo BC e Henrique BC, do ramo do Rio de Janeiro, que nasceram a 05/Agosto/2008, filhos de Pedro Augusto e de Karina, e muito obrigado ao avô José Carlos BC pela boa notícia. Os gémeos passam a ter os códigos 34734311/2 na nossa árvore de família.

- Parabéns ao Alexandre Guilherme North, do ramo de Lisboa, filho de Sofia BC e de Christopher, que nasceu em Paris a 22/Agosto/2008. O "Sacha" passa a ter o código 34332411 na nossa árvore de família. Obrigado Sofia e Chris pela boa notícia.

- Parabéns à Maria Isabel BC de Lucena e Vale, do ramo do Porto, que casou este Verão. Agradeço a quem me saiba dizer a data do casamento e o nome e data de nascimento do noivo, para eu poder actualizar a nossa árvore de família.

Bem haja,

Gonçalo

segunda-feira, 14 de julho de 2008

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Apoteose dos Britos (parte 1)

No seguimento do "Hino às Avós", venho aqui publicar mais uma amostra do que foi a festa de Natal de 1949 no Porto. Trata-se do quinto quadro da peça representada pelos netos, e intitulado "Apoteose dos Britos":

Os Britos

Rui Gonçalo:

Nós, os Britos que aqui estamos,
Provaremos aos Senhores
Que desta massa se fazem
Os homens que são valores!

Os Britos que foram grandes
Também foram pequenos.
Não sabemos os tamanhos;
Calculamos mais ou menos.

António Bernardo:

Como Alferes de Ordenanças
O nosso avô Belchior
-Se deu origem aos Britos-
Foi, com certeza, o maior!

Por Deus, pelo Rei, pela Pátria
Em Évora ou Matosinhos
Todos mostraram ser Britos...
Depois de serem Britinhos.

Rui Francisco:

E houve sempre entre os Britos
Alguns que foram "Britões".
Leia-se a história brilhante
Dos Bernardos, dos Joões.

Nos seus tempos os Avôs,
E na nova geração,
Todos já foram pequenos
E é ver agora onde estão.

Kico:

E não há que esperar muito,
-O tempo corre veloz-
Nós os Britos que aqui estamos,
Responderemos por nós!

terça-feira, 17 de junho de 2008

Hino às Avós

Para quem ficou totalmente mistificado com o "Hino às Avós", entoado por alguns dos participantes no Cumbíbio do passado dia 31 de Maio, durante a fotografia de grupo antes do almoço, aqui vai uma breve explicação:

No Natal de 1949, as famílias dos irmãos João, Rui e Eduardo (ramo BC do Porto) decidiram animar a festa compondo um teatro, a ser representado pelos seus filhos e dedicado às "avós" Elisa (mãe dos 3 irmãos), Maria Luisa (condessa de Villas-Boas, sogra de João), Amália (sogra de Rui) e Maria Ignácia (sogra de Eduardo). O teatro dividia-se em seis quadros: Uma tarde no Verdinho; Danças e cantares regionais; Música; O sonho do Joãosinho; Apoteose dos Britos; Hino às Avós; e finalmente, depois de um intervalo, o Presépio vivo.

Para além do "Hino às Avós", a "Apoteose dos Britos" terá também alguma relevância para este blogue, pelo que tentarei aqui reproduzi-lo numa próxima oportunidade.

De seguida passo a transcrever o "Hino às Avós" (sexto quadro). E já sabem, no próximo Cumbíbio já não há desculpa para não entoarem todos pelo menos o refrão...


Hino às Avós

Nós somos os netos
Nós somos os netos
Das nossas Avós
A quem tanto queremos
Assim nossos netos
Nos queiram a nós
Como nós queremos
As nossas Avós

Canção:

Nós queremos seguir
As vossas lições
Sempre a retinir
Nestes corações

Nestes corações
Novos por enquanto
Nestes corações
Que vos querem tanto

São nossos projectos
Quando formos velhos
Dar aos nossos netos
Os vossos conselhos

Avozinhas queridas
Que nosso Senhor
Vos conserve as vidas
Para nosso amor

Seja toda a vida
Exemplo para nós
A lembrança querida
Das nossas Avós

terça-feira, 3 de junho de 2008

Mais fotos do Cumbíbio

Aqui vai mais uma fornada de fotografias do Cumbíbio, desta vez tiradas pela prima Isabel Eça de Queiroz BC. Estou cada vez mais desconsolado, todos tiram boas fotos excepto eu!

Esta série de fotos tem um problema muito grave: é que a fotógrafa não aparece...
Obrigado Isabel.

Clique aqui para ver as fotos.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Árvore da família BC em cartoon


Ainda me sobraram alguns dos posters que mandei fazer para o Cumbíbio dos Brito e Cunha de 31.05.2008. Se não foi ao Cumbíbio e gostava de ter um poster, ou se foi mas gostava de ter mais, mande-me o seu pedido por email para admin@britoecunha.com.

Trata-se de um desenho original do cartunista Luís Pinto-Coelho (http://www.tomvitoin.com/), encomendado especialmente para esta ocasião. Ilustra 5 gerações da família, desde os pais do "honrado Brito" até à geração que entra pelo século XX e que dá origem aos 6 diferentes ramos da família que hoje distinguimos. Os nossos antepassados aqui retratados estão todos vestidos à época, e de acordo com os seus cargos ou funções. Quando disponíveis, foram caricaturados a partir de retratos ou fotografias verdadeiros.

O poster tem a dimensão A3 (297 x 420 mm), foi impresso em offset com tinta de côr sépia, em papel "Conqueror Texture Vergé" de côr creme, com gramagem de 220g (cartolina).

  • Preço do poster: € 5,00 cada;
  • Embalagem (tubo 33/5cm em cartão rígido, cada tubo leva até 6 posters): € 1,79;
  • Expedição por correio normal (tubo até 6 posters): € 1,32 para Portugal; € 2,35 para a UE; € 3,77 para o Brasil;
  • ou expedição à cobrança pelos correios (tubo até 6 posters): € 4,15 para Portugal; € 6,25 para alguns países da UE.
  • Formas de pagamento: por transferência bancária, ou à cobrança pelos serviços postais (só para Portugal e alguns países da UE).

No seu pedido, não se esqueça de incluir:
1 - nome e morada;
2 - número de posters;
3 - forma de pagamento.

Responderei a todos os pedidos com a brevidade possível, para confirmar o valor e a forma de pagamento.

Fotografias do Cumbíbio

Aqui estão algumas fotografias do excelente dia passado em familia.

Cumbíbio

domingo, 1 de junho de 2008

Fotos do Cumbíbio

Este Cumbíbio foi uma das (muitíssimas) ocasiões em que me orgulho da família que tenho. Por muito esforço que se invista na organização e nos preparativos de uma reunião de família, o segredo do sucesso dos nossos encontros está, muito simplesmente e para repetir as palavras do nosso querido "chefe" tio António Bernardo, na amizade, na unidade e na nobreza do nosso "clã". Muito obrigado ao primo Zé Maria por lançar a ideia e também pelo seu apoio ao longo dos preparativos, muito obrigado ao primo João Bernardo por sugerir o local, e sobretudo muito obrigado a todos os que trouxeram a sua boa disposição e animação que fizeram deste almoço um Cumbíbio com "C" maiúsculo!

Não posso deixar passar esta oportunidade sem relembrar que esta foi a primeira vez que se conseguiu juntar os ramos dos dois filhos machos do "honrado Brito" (o primeiro do apelido), ramos esses que já há muito não se conheciam entre si. Estiveram representados neste Cumbíbio todos os ramos que ainda mantêm o apelido "Brito e Cunha", excepto os ramos do Brasil (Rio de Janeiro, e Porto Alegre). Espero que este seja um ponto de partida para uma reaproximação de todos os ramos da família...

Mandem-me o link para as vossas fotografias, que eu publico aqui no blogue.
Para ver as minhas fotos do Cumbíbio, clique aqui.

terça-feira, 27 de maio de 2008

Lucienne Desmas de Brito e Cunha

Caros Primos

Informamos a família do falecimento da nossa mãe Lucienne Desmas de Brito e Cunha no dia 25 de Maio de 2008 em Antigua.

Que ela esteja nas nossas orações.

Alexandre e Henrique Desmas de Brito e Cunha

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Cumbíbio - última confirmação

Querida família,

As inscrições para o “Cumbíbio” vão ser fechadas esta segunda-feira dia 26 de Maio, porque tenho que mandar para o restaurante o número final de participantes.

- Se pensa vir ao Cumbíbio e o seu nome não está na lista anexa
- Se já não pode vir ao Cumbíbio e o seu nome ainda está na lista anexa
- Se o número de pessoas do seu agregado que vêm ao Cumbíbio está incorrecto na lista anexa

... então peço encarecidamente que me responda para cumbibio@britoecunha.com com as suas correcções até segunda-feira mais tardar.

( Clique aqui para ver a lista de participantes )


Obrigado,

Gonçalo

terça-feira, 13 de maio de 2008

Outras famílias “Brito e Cunha”

Os apelidos (sobrenomes, em Português do Brasil) não nascem compostos, têm origem na junção de dois nomes simples. O apelido “Brito e Cunha”, dos Brito e Cunha de Matosinhos, não é excepção: o primeiro deste apelido foi António Bernardo de Brito e Cunha (1781-1829), que era filho de António Bernardo Álvares de Brito (1720-1801) e de D. Teresa Bárbara da Cunha de Castro e Vasconcelos (1744-1796).

Ao longo das minhas pesquisas recentes para o “britoecunha.com”, tenho-me deparado com outros Brito e Cunha que não estão relacionados com os Brito e Cunha de Matosinhos. O aparecimento destes apelidos, iguais ao nosso, acontece presumivelmente da mesma maneira que aconteceu com o nosso há já mais de dois séculos atrás: resultam do casamento entre uma família “Brito” e uma família “Cunha”. A título de curiosidade, e porque este assunto com certeza desperta o interesse de qualquer pessoa com o apelido “Brito e Cunha”, deixo aqui alguns apontamentos sobre as famílias nossas homónimas que fui encontrando ao longo destes últimos seis meses:


1 – Ao ler em diagonal os vinte e tal episódios de "Grandes Dramas Judiciários: O Caso Urbino de Freitas" (clique aqui se os quiser ler), dei com várias referências a um “Brito e Cunha”. Após uma leitura um pouco mais atenta, consegui estabelecer que a narrativa se passa pouco depois do últimato inglês (portanto finais do século XIX), e que o dito "Brito e Cunha" é um tal de Manuel Bento de Brito e Cunha, domiciliado no Rio de Janeiro, natural de Arcos-de-Valdevez, irmão de Leocádia de Brito e Cunha, genro de Martinho António Borges Nogueira, e cunhado de Manuel Martins Tinoco.


2 – Ao folhear o tomo I do Anuário da Nobreza de Portugal III (1985), nas páginas que descrevem a constituição do agora extinto Conselho de Nobreza, dei com o nome de Alberto de Brito e Cunha (Dr.), secretário da Comissão de Serviços. Indaguei junto de outro membro do Conselho de Nobreza, que me diz tratar-se de uma família do Algarve. O Alberto é da primeira ou segunda geração “Brito e Cunha” e tem filhos, entre os quais João de Brito e Cunha, piloto reformado da TAP.


3 – Também um primo meu do ramo do Porto me falou de uma outra família Brito e Cunha naquela cidade. Diz que os conhece há várias décadas, e que vão para Moledo nas férias. Falou-me em especial de uma Inês, que se casou e se mudou para Lisboa. Diz que já devem ir na terceira geração “Brito e Cunha” pois supõe que era a avó dessa Inês que era “Brito” e o avô “Cunha”, e tanto a Inês como as suas irmãs e os seus primos já têm filhos.


4 – Nas minhas pesquisas por “Brito e Cunha” na Internet, apareciam-me frequentemente referências a um Daniel Brito e Cunha. Tendo contactado o Daniel por email, fiquei a saber que o Daniel e o seu irmão Fernando estão a iniciar mais uma dinastia “Brito e Cunha”: Cunha vem do lado paterno e Brito do lado materno. O apelido composto é mantido na descendência, que já leva 6 membros, sendo o mais novo já da 3ª geração.
As referências ao Daniel na Internet devem-se sobretudo à acção que desenvolve já há 3 décadas em prol das Pessoas Surdas, tal como ele. Por exemplo, a presença de intérpretes de língua gestual nas televisões, que hoje já se vê com frequência, teve a sua génese num projecto do Daniel, premiado em 1989 pela União Europeia. Para além disso, ajudou a criar um Curso de Licenciatura em Tradução e Interpretação de Língua Gestual Portuguesa, no Instituto Politécnico de Setúbal.
O seu irmão Fernando ficou bem conhecido pela sua intervenção nas acções militares do 25 de Abril de 1974 quando, vestido à civil e de pistola em punho, “convenceu” o Major Pato Anselmo a não dar ordem de fogo aos blindados do Regimento de Cavalaria 7 contra as vulneráveis auto metralhadoras de Salgueiro Maia, na Av. da Ribeira das Naus. A SIC transmitiu, em 2004, um filme em que ele aparecia na pele de um actor nessa acção. Ele combateu na Guiné como alferes miliciano ao tempo em que o General Spínola governava aquela colónia.


Bem, para já é tudo o que tenho. Se alguém tiver conhecimento de outros “Brito e Cunha” que aqui não estejam citados, valia a pena dizerem-me para os juntarmos a esta notícia.

Devo também explicar que não fiz qualquer pesquisa em relação às famílias aqui referidas, pelo que estas podem, ou não, estar relacionadas entre elas. O que posso dizer com um grau de certeza bastante elevado é que não estão relacionadas com os Brito e Cunha de Matosinhos...

domingo, 11 de maio de 2008

O Norte - por Miguel Esteves Cardoso (obrigado tia Maria João)

Primeiro, as verdades.
O Norte é mais Português que Portugal.
As minhotas são as raparigas mais bonitas do País.
O Minho é a nossa província mais estragada e continua a ser a mais bela.
As festas da Nossa Senhora da Agonia são as maiores e mais impressionantes que já se viram.
Viana do Castelo é uma cidade clara. Não esconde nada. Não há uma Viana secreta. Não há outra Viana do lado de lá. Em Viana do Castelo está tudo à vista. A luz mostra tudo o que há para ver. É uma cidade verde-branca. Verde-rio e verde-mar, mas branca. Em Agosto até o verde mais escuro, que se vê nas árvores antigas do Monte de Santa Luzia, parece tornar-se branco ao olhar. Até o granito das casas.

Mais verdades.

No Norte a comida é melhor.
O vinho é melhor.
O serviço é melhor.
Os preços são mais baixos.
Não é difícil entrar ao calhas numa taberna, comer muito bem e pagar uma ninharia.
Estas são as verdades do Norte de Portugal.
Mas há uma verdade maior.
É que só o Norte existe. O Sul não existe.
As partes mais bonitas de Portugal, o Alentejo, os Açores, a Madeira, Lisboa, et caetera, existem sozinhas. O Sul é solto. Não se junta. Não se diz que se é do Sul como se diz que se é do Norte.

No Norte dizem-se e orgulham-se de se dizer nortenhos. Quem é que se identifica como sulista?
No Norte, as pessoas falam mais no Norte do que todos os portugueses juntos falam de Portugal inteiro.

Os nortenhos não falam do Norte como se o Norte fosse um segundo país.
Não haja enganos.
Não falam do Norte para separá-lo de Portugal.
Falam do Norte apenas para separá-lo do resto de Portugal.
Para um nortenho, há o Norte e há o Resto. É a soma de um e de outro que constitui Portugal.

Mas o Norte é onde Portugal começa.
Depois do Norte, Portugal limita-se a continuar, a correr por ali abaixo.
Deus nos livre, mas se se perdesse o resto do país e só ficasse o Norte, Portugal continuaria a existir. Como país inteiro. Pátria mesmo, por muito pequenina. No Norte.
Em contrapartida, sem o Norte, Portugal seria uma mera região da Europa.
Mais ou menos peninsular, ou insular.
É esta a verdade.
Lisboa é bonita e estranha mas é apenas uma cidade. O Alentejo é especial mas ibérico, a Madeira é encantadora mas inglesa e os Açores são um caso à parte. Em qualquer caso, os lisboetas não falam nem no Centro nem no Sul - falam em Lisboa. Os alentejanos nem sequer falam do Algarve - falam do Alentejo. As ilhas falam em si mesmas e naquela entidade incompreensível a que chamam, qual hipermercado de mil misturadas, Continente.
No Norte, Portugal tira de si a sua ideia e ganha corpo. Está muito estragado, mas é um estragado português, semi-arrependido, como quem não quer a coisa.

O Norte cheira a dinheiro e a alecrim.

O asseio não é asséptico - cheira a cunhas, a conhecimentos e a arranjinho.
Tem esse defeito e essa verdade.

Em contrapartida, a conservação fantástica de (algum) Alentejo é impecável, porque os alentejanos são mais frios e conservadores (menos portugueses) nessas coisas.

O Norte é feminino.

O Minho é uma menina. Tem a doçura agreste, a timidez insolente da mulher portuguesa. Como um brinco doirado que luz numa orelha pequenina, o Norte dá nas vistas sem se dar por isso.

As raparigas do Norte têm belezas perigosas, olhos verdes-impossíveis, daqueles em que os versos, desde o dia em que nascem, se põem a escrever-se sozinhos.

Têm o ar de quem pertence a si própria. Andam de mãos nas ancas. Olham de frente. Pensam em tudo e dizem tudo o que pensam. Confiam, mas não dão confiança. Olho para as raparigas do meu país e acho-as bonitas e honradas, graciosas sem estarem para brincadeiras, bonitas sem serem belas, erguidas pelo nariz, seguras pelo queixo, aprumadas, mas sem vaidade.
Acho-as verdadeiras. Acredito nelas. Gosto da vergonha delas, da maneira como coram quando se lhes fala e da maneira como podem puxar de um estalo ou de uma panela, quando se lhes falta ao respeito. Gosto das pequeninas, com o cabelo puxado atrás das orelhas, e das velhas, de carrapito perfeito, que têm os olhos endurecidos de quem passou a vida a cuidar dos outros. Gosto dos brincos, dos sapatos, das saias. Gosto das burguesas, vestidas à maneira, de braço enlaçado nos homens.
Fazem-me todas medo, na maneira calada como conduzem as cerimónias e os maridos, mas gosto delas.

São mulheres que possuem; são mulheres que pertencem.

As mulheres do Norte deveriam mandar neste país.

Têm o ar de que sabem o que estão a fazer. Em Viana, durante as festas, são as senhoras em toda a parte.
Numa procissão, numa barraca de feira, numa taberna, são elas que decidem silenciosamente.

Trabalham três vezes mais que os homens e não lhes dão importância especial.
Só descomposturas, e mimos, e carinhos.

O Norte é a nossa verdade.

Ao princípio irritava-me que todos os nortenhos tivessem tanto orgulho no Norte, porque me parecia que o orgulho era aleatório. Gostavam do Norte só porque eram do Norte. Assim também eu. Ansiava por encontrar um nortenho que preferisse Coimbra ou o Algarve, da maneira que eu, lisboeta, prefiro o Norte. Afinal, Portugal é um caso muito sério e compete a cada português escolher, de cabeça fria e coração quente, os seus pedaços e pormenores.

Depois percebi.

Os nortenhos, antes de nascer, já escolheram. Já nascem escolhidos. Não escolhem a terra onde nascem, seja Ponte de Lima ou Amarante, e apesar de as defenderem acerrimamente, põem acima dessas terras a terra maior que é o 'O Norte'.

Defendem o 'Norte' em Portugal como os Portugueses haviam de defender Portugal no mundo. Este sacrifício colectivo, em que cada um adia a sua pertença particular - o nome da sua terrinha - para poder pertencer a uma terra maior, é comovente.

No Porto, dizem que as pessoas de Viana são melhores do que as do Porto. Em Viana, dizem que as festas de Viana não são tão autênticas como as de Ponte de Lima. Em Ponte de Lima dizem que a vila de Amarante ainda é mais bonita.
O Norte não tem nome próprio. Se o tem não o diz. Quem sabe se é mais Minho ou Trás-os-Montes, se é litoral ou interior, português ou galego?
Parece vago. Mas não é. Basta olhar para aquelas caras e para aquelas casas, para as árvores, para os muros, ouvir aquelas vozes, sentir aquelas mãos em cima de nós, com a terra a tremer de tanto tambor e o céu em fogo, para adivinhar.

O nome do Norte é Portugal. Portugal, como nome de terra, como nome de nós todos, é um nome do Norte. Não é só o nome do Porto. É a maneira que têm de dizer 'Portugal' e 'Portugueses'. No Norte dizem-no a toda a hora, com a maior das naturalidades. Sem complexos e sem patrioteirismos. Como se fosse só um nome. Como 'Norte'. Como se fosse assim que chamassem uns pelos outros. Porque é que não é assim que nos chamamos todos?'

sábado, 10 de maio de 2008

Fichas em falta para o livro dos BC

Já que as finanças portuguesas lançaram a moda de publicar as listas dos contribuintes faltosos, decidi adoptar o mesmo sistema para os Britos que ainda não mandaram as suas fichas biográficas preenchidas para o livro "Os Brito e Cunha de Matosinhos".

Para consultar a lista vergonhosa das pessoas que ainda não mandaram a ficha preenchida, clique aqui.

Para ser rapidamente removido desta lista e limpar o seu nome e a sua honra: clique aqui para ter acesso à ficha, preencha e devolva por email para livro@britoecunha.com.

:)

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Cumbíbio dos Britos

Caros Britos,

Aqui vos mando, finalmente, todas as informações sobre o nosso “cumbíbio”:


Quando: sábado dia 31 de Maio de 2008, às 13h00.

Onde: Restaurante Zeno Lounge, no Casino do Estoril (tem entrada independente pelos jardins do casino, do lado que dá para o mar). O restaurante está reservado só para nós.



Mapa de localização: ( clique aqui )


Estacionamento: o estacionamento exterior é fácil junto ao casino, e há também estacionamento privativo.


O menu:

Entrada
(Pizza na Tabuinha (1 para cada 4 pessoas))
Buffet
Feijoada à Brasileira
(Arroz | Feijão Preto | Lombinho de Porco | Entrecosto | Enchidos | Couve à Mineira | Farofa)
Tortelini Filadélfia Caprese
Bacalhau com Natas
Sobremesas
(Mousses Zeno (maracujá, manga e chocolate) | Salada de Fruta)
Bebidas
(Sangria Branca e Tinta | Vinho Planura Branco | Vinho Planura Tinto | Cerveja | Refrigerantes | Água)
Café
Não estão incluídos aperitivos e digestivos.


Quanto custa:

Adultos - 36,00 euros (por pessoa)
Crianças (6-12 anos) - 15,00 euros (por pessoa)
Crianças (0-5 anos) - não pagam


Como pagar: o almoço será cobrado a cada um, à chegada, pelo restaurante. Aceitam Multibanco e cartões de crédito.


Incluído no preço: será entregue uma “lembrança” do cumbíbio a cada um, à chegada.


Quantos somos: já se registaram mais de 100 pessoas através de cumbibio@britoecunha.com.


Fumadores: o restaurante tem uma sala para fumadores.


Contactos do Restaurante Zeno Lounge:

Praça José Teodoro dos Santos
Casino do Estoril
2765-237 ESTORIL
Tel: 214 684 978


Mais informações sobre o restaurante: ( clique aqui )

sábado, 19 de abril de 2008

Newsflash - Opereta no Centro Cultural de Cascais

Chegou-me informação mais detalhada da opereta que aqui foi anunciada dia 11 de Março, e em que participam as filhas da prima Maria José BC Lucena e Vale Tito. É já no próximo fim de semana, não percam!

( clique na imagem para ampliar )

sábado, 5 de abril de 2008

Serviços da comunidade "britoecunha.com"

Caros utilizadores do email “@britoecunha.com”,

Para responder às várias perguntas que me têm sida feitas ultimamente, e para poderem tirar o melhor partido possível do “britoecunha.com”, venho aqui relembrar os diversos serviços que a nossa comunidade tem para si:

A sua página de entrada: start.britoecunha.com
O nosso site: www.britoecunha.com
O nosso blogue: blog.britoecunha.com
O seu email: mail.britoecunha.com
O seu repositório de documentos: docs.britoecunha.com
A sua agenda: calendar.britoecunha.com
Para construir o seu próprio site: sites.britoecunha.com
Para consultar ajuda e suporte: groups.google.com/group/apps-discuss

Bem haja,
Gonçalo

domingo, 30 de março de 2008

Há novidades no site www.britoecunha.com

Querida família,

Mais umas noites em branco, à frente do computador, e tenho as seguintes novidades para vos apresentar:

1 - Árvore da família. Já está muito, muito completa, com cerca de 900 pessoas (mais os maridos e as mulheres). A árvore já tem todos os ramos da família, incluindo os ramos maternos. Agora já só a consigo completar e corrigir com a vossa ajuda. Já lá foi ver se o seu ramo não tem erros? Já nos mandou a ficha biográfica para o livro dos Brito e Cunha?

2 - Galeria de antepassados. Já fiz páginas individuais para TODOS os nossos antepassados, e acrescentei dados biográficos e documentos às fotografias que já lá estavam.

3 - Galeria de contemporâneos. Cada vez tem mais fotografias. Depois da geração do meu avô, já comecei a fazer páginas para a geração do meu pai. Mandem-me as vossas fotos para eu fazer a página do vosso ramo.

4 - Galeria de sítios e coisas. Tem mais algumas fotos, poucas. Mandem-me material sff.

5 - Histórias e artigos. Sabiam que o Zé Carioca tem um toque de BC? Leia o artigo sobre J. Carlos (e mandem-me as vossas histórias da família).

6 - Referências bibliográficas. Aos poucos, estou a acrescentar atalhos para os textos com referências à família. Já lá estão uma dúzia de atalhos, é só clicar e ler.

7 - Links úteis. Sabia que há uma comunidade "de Brito e Cunha" (maioritariamente brasileira) em http://www.orkut.com/?

Espero que gostem destas novidades.
Muito obrigado a todos aqueles que têm contribuído com ideias (como estas que agora apresentei) e sobretudo com materiais (fichas completas para o livro BC, fotografias, documentos, etc.).